Pages

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Você acredita na melhoria da educação?



Ednilto Neves
Estudantes participam de atividades diversificadas na escola
Quando se fala em educação, o que todo mundo diz é que precisa melhorar. Em alguns casos, a melhora já aconteceu, no que se refere à formação dos professores e à melhoria na nota da avaliação das escolas brasileiras.

Uma pesquisa divulgada pela Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) mostrou o que acham os cidadãos sobre a educação do país. A pesquisa Olhares sobre a Educação Ibero-Americana apontou que o percentual de pessoas que estão otimistas com relação ao futuro da educação é maior do que os que têm uma expectativa negativa. Menos mal, pois assim a educação tende a melhorar, com a esperança de que nem tudo está perdido e que os sistemas não estão entrando em colapso.

De acordo com a pesquisa, dos países da América do Sul e Central, os brasileiros são os mais otimistas com relação à melhoria na
educação nas próximas décadas.

Foram entrevistadas mais de 22 mil pessoas em 18 países da região, incluindo o Brasil.

Para 62% dos entrevistados, a educação vai melhorar, 26% acreditam que ficará no mesmo patamar e 9% avaliam que irá piorar. Apenas o Paraguai tem um resultado melhor: naquele país, 64% esperam avanços na área. Já os hondurenhos são os que menos acreditam no futuro do sistema educacional de seu país: só 26% acham que a situação irá melhorar, enquanto 37% acreditam que ficará no mesmo nível e 23% preveem piora.

Apesar de serem otimistas com relação ao futuro da educação, por outro lado, os brasileiros estão entre os que têm a pior avaliação sobre a qualidade do ensino público no seu país. A nota atribuída pelos entrevistados, em uma escala de 0 a 10, foi 5,2 pontos, a quarta mais baixa entre os países pesquisados, ao lado de Honduras. O país que, na avaliação dos entrevistados, tem o pior sistema de ensino é o Chile, cuja nota foi 4,6. Os mais satisfeitos são os costa-riquenhos e os nicaraguenses, que atribuíram nota 7 à educação.


Prioridades na educação, segundo entrevistados

Os entrevistados também elegeram o que consideram prioridades para a educação avançar. Em primeiro lugar, aparece melhorar a qualidade das instalações, com 45% das respostas. Na sequência, estão melhorar a formação do professor (41%), melhorar o salário do professor (29%) e incorporar as novas tecnologias no ensino (28%). Só 9% acham que aumentar a jornada escolar diária é importante para fortalecer a aprendizagem. Cada entrevistado pôde marcar mais de uma opção.

O Brasil foi o país que registrou o maior o percentual de pessoas que consideram o aumento dos salários dos professores uma medida prioritária para melhorar a educação: 57% marcaram essa opção, contra 29%, considerando a média das respostas de todos os países latino-americanos. O percentual de brasileiros que avaliam como bom ou muito bom o nível de conhecimento dos professores sobre os temas que lecionam foi 81%, acima da média da região (77%). Os professores mais mal avaliados foram os do Chile (58%). Na outra ponta, estão os da Colômbia (90%). (Com informações do UOL Educação).

Nenhum comentário:

Postar um comentário