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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Professores da Ufersa decidem suspender greve

Professores_da_UfersaProfessores da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) decidiram pôr um fim à greve que já durava 115 dias. A decisão foi tomada em assembleia realizada ontem no auditório do Departamento de Ciências Exatas e Naturais. Apesar do término do movimento paredista, as aulas serão retomadas somente no dia 24 de setembro.
"A escolha da data para reiniciarmos o período letivo deve-se ao cuidado que estamos tendo em seguir o movimento nacional. O comando nacional de greve solicitou que as seções sindicais se reunissem hoje (ontem) e amanhã (hoje) para deliberar sobre a continuidade ou não da paralisação. Durante essa reunião do comando, 13 universidades apontaram para o término da greve e 17 votaram pela continuidade", explica o professor José Torres, vice-presidente da Associação dos Docentes da Ufersa (Adufersa).
A greve nacional dos professores das Instituições de Ensino Superior foi a responsável pela elaboração do Projeto de Lei nº 4.368/12, que já tramita no Congresso Nacional, e reestrutura a Carreira Docente. Segundo o professor José Torres, o projeto não era o que a categoria desejava, mas conseguiu reajustes para os docentes. "Os salários serão reajustados de 20% a 40% de acordo com os níveis dos professores e serão implantados entre os anos de 2013 e 2015", destaca.
No entanto, segundo o vice-presidente da Adufersa, a maior conquista dos docentes foi a mobilização da categoria. "A organização política foi, sem sombra de dúvida, nossa maior conquista. Foi a primeira greve na Ufersa e conseguiu agrupar os professores em torno da luta. A paralisação estava forte em todos os Campi e cumpríamos a Lei de Greve, que determina o efetivo de 30% trabalhando, com as pós-graduações, pesquisas e a parte administrativa", esclarece o professor. 
Servidores do IFRN também encerram a paralisaçãoOs professores e servidores técnicos-administrativos do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte votaram no início desta semana pela suspensão da greve, iniciada em junho. Em Natal, os profissionais devem voltar as suas atividades no dia 20, enquanto que no Campus de Mossoró as aulas retornam no dia 17.
O coordenador do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), Fábio Procópio, informou que mesmo com a suspensão da greve os servidores continuarão lutando por uma estrutura de carreira apropriada.
"Muitas das nossas reivindicações foram atendidas. As negociações foram bastante satisfatórias, porém a estrutura de carreira não está adequada, não estamos mais discutindo nem a questão percentual, só queremos a resolução desse problema. Antecipamos nosso retorno, diferente de Natal, e convidamos os alunos a retornarem às atividades a partir de segunda-feira (17). Em relação ao calendário escolar, a partir de hoje estaremos discutindo-o e a previsão é que ele seja ajustado brevemente".
Segundo o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), a categoria vai continuar reivindicando, junto ao Governo Federal, a reestruturação das carreiras de docente e técnico, melhores condições de trabalho e democratização das decisões tomadas pela direção do instituto.
"Mesmo voltando ao trabalho, o comando de greve vai continuar o movimento no Estado. Nosso objetivo é conquistar as mudanças necessárias no IFRN", defendeu o coordenador do Sinasefe em Natal, Marcel Lúcio Matias.
Ele complementa dizendo que esta semana o comando de greve local irá visitar 16 campi do IFRN. Em seguida, deve ser redigido um termo para garantir que os grevistas não sejam punidos por terem participado do movimento.

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