Diferentemente dos técnicos-administrativos que optaram por encerrar a greve, os docentes da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) mantêm a paralisação e agora buscam o apoio de parlamentares locais para intermediar as negociações. Segundo os professores, essa é a opção que existe para tentar buscar uma solução para o problema, já que o governo não se pronuncia desde o dia 1º de agosto, quando anunciou sua proposta final.
Os educadores se reuniram ontem (28) em assembleia, no auditório do Departamento de Ciências Ambientais e Tecnológicas (DCAT), para avaliar o movimento e discutir a respeito dos ofícios a serem enviados aos parlamentares.
De acordo com o vice-presidente da Adufersa, José Torres Filho, em uma tentativa de negociação, a classe pretende aceitar a contraproposta do governo em relação ao piso salarial, isto é, receber R$ 2.018,77 por 20 horas/aula semanais.
"A categoria abre mão de aumento e dá preferência à reestruturação da carreira. Inicialmente, propomos um reajuste salarial de R$ 2.300,00, mas na atual situação, na qual o Governo Federal se mostra tão intransigente com os servidores, optamos por discutir o plano de carreira e aceitar o valor proposto pelas autoridades", falou o vice-presidente.
Ele complementa dizendo que diante das possibilidades limitadas de negociação, uma das formas encontradas foi pedir ajuda dos deputados federais e senadores do Rio Grande do Norte
"Queremos resolver a situação e evitar que os alunos sejam prejudicados devido ao longo período da greve, infelizmente não nos reunimos ainda com os estudantes. A previsão é de que com o término da greve, as disciplinas retomem de onde haviam parado", informou José Torres.
O aluno Ebelardo Freitas disse que está muito receoso em relação à greve na instituição. "Caso a greve acabe sem acordo, a gente sabe que outras greves virão no futuro, prejudicando ainda mais as atividades acadêmicas", destacou o estudante.
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