O Ministério Público do Estado da Paraíba (MPPB) vai analisar e investigar a coincidência de nomes e sobrenomes entre pessoas aprovadas em concursos públicos municipais e gestores (prefeitos, vice-prefeitos, secretários, presidentes de câmaras e vereadores) de 44 cidades paraibanas. O trabalho do MPPB é um desdobramento da 'Operação Gabarito', realizada no último dia 18 de junho. A lista de nomes envolve 23 concursos públicos realizados pela Meta Consultoria e 21 pela empresa Exame Consultoria.
A lista com o cruzamento dos nomes foi elaborada pelos técnicos do serviço de inteligência do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) e repassada no final da tarde desta terça-feira (3) para o Ministério Público do Estado, durante um encontro entre o procurador-geral de Justiça, Oswaldo Trigueiro do Valle Filho, com os conselheiros Fernando Catão e Fábio Nogueira, respectivamente, presidente e vice-presidente do TCE.
“O recebimento desse material vai gerar uma série de análises. Porque são indícios de irregularidades dentro de concursos feitos pelas empresas que estão sob investigação”, afirma Oswaldo Filho, acrescentando: “E o interessante é que são vários os concursos em que os nomes e sobrenomes de pessoas, que à época eram gestores públicos, quer seja na qualidade de prefeitos, vice-prefeitos, secretários, vereadores, presidentes de câmaras, coincidem com pessoas aprovadas”.
O procurador-geral de Justiça faz questão de ressaltar que “tudo isso são indícios que nos levam a crer, pelos documentos amealhados dentro das empresas, que pode haver algum desvio nesse sentido”. E ele anuncia: “No dia 16 de julho, estaremos reunindo no Ministério Público cerca de 30 promotores para a distribuição do material que foi recolhido à competência e atribuição de cada Promotoria de Justiça no interior do estado. E vamos aproveitar esse momento para que o conselheiro Fábio Nogueira possa fazer esse encaminhamento e distribuir essas informações de forma técnica, precisa, como de fato deve ser”. Depois das investigações e verificada a figura indiciária, o procurador-geral informa que as decisões deverão ser importantes no nível judicial.
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