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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Petroleiros realizam greve de advertência

Rio (AE) - O coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), João Antônio de Moraes, classificou como "bastante forte e contundente" a adesão da categoria à paralisação de 24 horas deflagrada à meia-noite de ontem. Segundo ele, os empregados de unidades importantes para a Petrobras, como duas refinarias paulistas, aderiram integralmente ao movimento. A greve de advertência foi a forma de os petroleiros protestarem contra o fato de a estatal não atender a reivindicação de mudança nos critérios de distribuição de lucros e aumento nos porcentuais de remuneração do plano de Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) de 2012.

Em nota oficial, a Petrobras evitou estimar o tamanho da adesão. A empresa informa que apresentou em dezembro passado uma proposta para pagamento de antecipação da PLR. "A proposta adota os mesmos critérios utilizados em anos anteriores para a antecipação, considerando os resultados das empresas do Sistema Petrobras nos três primeiros trimestres de cada ano", diz a nota.

A respeito da greve, a Petrobras afirma que adotou "todas as medidas administrativas e operacionais (...) para garantir a normalidade das atividades companhia, assim como a segurança dos trabalhadores e instalações da empresa". "A Petrobras continua aberta à negociação com as entidades sindicais para que as partes cheguem a um entendimento sobre a PLR 2012", destaca a companhia.

A greve de advertência teve até 80% de adesão entre os trabalhadores filiados aos sindicatos vinculados à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP). A entidade e a FUP são os representantes da categoria nas negociações com a Petrobras. Para o coordenador da FUP, apenas ao final da paralisação será possível avaliar a participação dos petroleiros no movimento. Mas citou o registro nas refinarias de Capuava (Recap) e Paulínia (Replan), ambas em São Paulo.

"Acredito que a adesão está variando entre 85% e 100%, dependendo das unidades. Mas nas refinarias de São Paulo, a adesão é de 100%", afirmou Moraes. A Replan informou, por meio de nota, que a paralisação não deve afetar a produção da unidade.

De acordo com o coordenador, a adesão dos petroleiros embarcados em plataformas marítimas interrompeu o trabalho em 34 das 40 plataformas da Bacia de Campos (litoral do Estado do Rio e do Espírito Santo), principal área produtora do Brasil. A produção não foi interrompida.

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