Adriano Abreu
Na Governadoria, representantes do TJ, TCE e Ministério Público vão discutir uma solução par ao impasse
Na reunião de hoje, a governadora Rosalba Ciarlini deverá apresentar os termos do projeto de reordenamento financeiro que será enviado à Assembleia. Por outro lado, os representantes do Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas e Ministério Público levarão ao Executivo a situação financeira e o comprometimento das suas atividades a partir dos vetos feitos.
Esta semana, durante reunião na Assembleia Legislativa, o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Aderson Silvino, destacou que a demora na apreciação dos vetos dificulta a situação das intituições. "Quanto mais retardar mais difícil ficará a situação. No mês de fevereiro não temos orçamento nem para pagar custeio, ficaríamos em situação difícil, descoberta", destacou.
Ele disse que o Tribunal está com as suas atividades limitadas devido ao veto feito pela governadora. "Simplesmente (o Governo) deixou o Tribunal sem orçamento. Ficamos em situação insustentável sem o Poder Judiciário poder funcionar. A preocupação maior é para o mês de fevereiro, aí que fica em situação mais complicada", completou.
Durante a reunião, ocorrida na última terça-feira, o presidente da Assembleia, deputado Ricardo Motta, já acenou com o trabalho de intermediar as relações entre o Governo e os Tribunais. "Vamos abordar o assunto também junto ao Governo do Estado. Não tenho a menor dúvida que chegaremos ao consenso. Esse é o intuito da Assembleia e vamos a exaustão, vamos chegar a um consenso", comentou.
Os deputados da bancada oposicionista já se colocam contrários a convocação extraordinária que será feita pelo Governo para votar um novo projeto orçamentário. O deputado estadual José Dias, líder do bloco PSD e PDT, disse que a convocação só se justificaria se fosse para analisar a derrubada dos vetos. Ele é contrário a Assembleia atender a convocação extraordinária da governadora. Entre os parlamentares que defendem a derrubada do veto o principal argumento é o fato do projeto do Orçamento Geral do Estado ter sido aprovado a unanimidade. Além disso, os parlamentares também afirmam que que as emendas coletivas e individuais representam apenas 1,2% do orçamento.
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