Numa eleição nacionalizada, ao invés de propostas, o que surge é um festival de ataques. A primeira semana do segundo turno em São Paulo mostrou que a estratégia de desconstrução de candidaturas adotada pelas campanhas do PT e do PSDB foi intensificada nesta reta final.
De um lado, petistas exploram fragilidade do tucano José Serra, como o fato dele ter largado a prefeitura, em 2006, com pouco mais de um ano de mandato, para concorrer ao governo. Ao mesmo tempo, o PSDB sofre críticas de que não renova o seus quadros majoritários desde os anos 80.
Já o petista Fernando Haddad tem sido alvo por causa do julgamento do mensalão, que colocou lideranças do partido no banco dos réus. Ao mesmo tempo, ele tem sido cobrado pela elaboração de uma cartilha de combate à homofobia quando foi ministro da Educação. O material didático foi apelidado pelos evangélicos de kit gay.
No primeiro turno, as pesquisas já indicavam o crescimento da rejeição dos principais candidatos. O resultado disso foi possível conferir nas urnas: cerca de 900 mil votos brancos ou nulos, quase 13% do eleitorado paulistano.
Como as campanhas intensificaram os ataques nesse segundo turno, tudo indica que estará em jogo na decisão do eleitor não apenas a aprovação dos candidatos. A rejeição será um fator determinante para a definição do futuro prefeito de São Paulo.
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