CMM forma comissão para investigar aumento no preço do gás de cozinha

Membros da Câmara Municipal de Mossoró (CMM) discutiram o aumento de 50% do preço do gás de cozinha ontem (25) pela manhã, em audiência pública. O reajuste aconteceu semana passada e vem gerando insatisfação por parte dos consumidores. Os revendedores de gás alegam que o aumento foi preciso, diante dos gastos realizados para obter o produto.
A audiência contou com a presença do presidente da Associação dos Pequenos Revendedores de Gás de Cozinha de Mossoró e Rio Grande do Norte (APRGás); do Sindicato dos Revendedores de Gás do Rio Grande do Norte; do presidente da Comissão do Consumidor da Ordem dos Advogados do Brasil, subseccional Mossoró (OAB/Mossoró) e da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern).
Os vereadores que estiveram presentes na audiência buscaram esclarecimentos para o aumento considerado abusivo.
Como resultado da audiência pública, a Câmara Municipal de Mossoró enviou ofício assinado pelos 13 vereadores ao Procon Municipal, Procon Estadual e Promotoria de Defesa do Consumidor. O documento pede explicação sobre o aumento do preço do gás de cozinha em Mossoró.
Também foi enviado ofício à Petrobras, Singás, APRGás solicitando as planilhas de custos da comercialização do gás, além da Receita Federal, solicitando informações que facilitem a investigação.
Segundo o presidente da Câmara Municipal de Mossoró, Francisco José Júnior, o Legislativo também irá compor comissão, juntamente com a OAB, Ministério Público e representantes dos revendedores de gás, para investigar se houve aumento abusivo no preço do produto. Além de discutir formas de diminuir o preço do gás praticado em Mossoró.
"Nós queremos explicações para este aumento absurdo do preço do gás que vem penalizando o consumidor e gerando reclamações, principalmente por parte das famílias de baixa renda", falou o vereador Jório Nogueira.
O presidente do Sindicato dos Revendedores de Gás do Rio Grande do Norte (Singás), Francisco Correia, explicou que o acréscimo no valor cobrado pelo gás de cozinha ocorreu devido ao aumento dos custos das empresas, encargos sociais, tributos e folha de pagamento.
O presidente da Associação dos Pequenos Revendedores de Gás de Cozinha de Mossoró e Rio Grande do Norte (APRGás), Francisco Moacir de Moura, disse que concordava com a redução do preço.
"Acho justo haver uma redução do preço do gás, mas para isso deve-se levar em conta também as pessoas que trabalham nessa área e precisam obter algum lucro para se manter. Nós, da APRGás, consideramos o valor cobrado abusivo, deveria ser cobrado R$ 38 para os consumidores e R$ 35 para os funcionários", destacou Moura.