Batizada de “Cartão de Visita”, a operação contou com a participação de cerca de 40 policiais, comandados pelo delegado de Policia Civil de Apodi, Renato Oliveira e pelo comandante da 2ª Companhia de Policia Militar, capitão Inácio Brilhante Araujo Filho. Também contou a participação dos promotores de justiça Sílvio Brito e Claudio Linhares, ambos da Comarca de Apodi. Os mandados de busca e apreensão criminal foram expedidos pela juíza Ana Clarisse Arruda Pereira.
Na ação foram presos: Francisco Edivan Mota Moraes, Francisco Genilson de Morais, Ednaldo Moreira Galvão e Antonio Francisco Cortez. Os policiais apreenderam grande quantidade de promissórias, cartões de aposentados, pensionistas e Bolsa Família, além de cheque em nome de terceiros. Também foram apreendidas armas, sendo um revólver, uma pistola 380 e três espingardas de grosso calibre. Com os agiotas os policiais ainda conseguiram apreender a quantia de R$ 40 mil.
Notas promissórias apreendidas
O trabalho realizado pelos policiais foi baseado em várias denúncias de aposentados e beneficiários do programa Bolsa Família. Os agiotas faziam a subtração dos cartões das vítimas para saque do dinheiro a partir dos benefícios dos programas sociais do Governo Federal.
Os acusados foram autuados em flagrante por posse de arma, apropriação indébita, crime contra o sistema financeiro e outro crime previsto no Estatuto do Idoso. O flagrante foi feito pela equipe do delegado Renato Oliveira da Silva.
A polícia continuará o trabalho de combate à agiotagem, principalmente aos agiotas que estão retendo cartões do Bolsa Família e do INSS como garantia de pagamento para empréstimos obtidos pelos beneficiários que se submetem a juros abusivos.
Os “agiotas dos benefícios”, como são chamados pela polícia, agem de forma bastante organizada e conseguem atrair muitas vítimas. Ao emprestar o valor solicitado pelo beneficiário, o criminoso literalmente apreende os cartões magnéticos de programas como a aposentadoria do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) e o Bolsa Família, que são entregues confiscados como forma de garantia do pagamento dos débitos.
A agiotagem é um crime no Brasil e passível de punição para quem pratica. Neste caso, do uso dos programas e dos benefícios, a situação é mais grave. Quem age assim está praticando também o estelionato qualificado. Muitos não sabem, mas até o fato do dono do mercadinho apreender um cartão do Bolsa Família ou do INSS como forma de garantia do pagamento é considerado crime.
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