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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Emparn prevê novas chuvas

Caso o aquecimento do Oceano Atlântico ocorra de forma mais acelerada, diferente do modo como está ocorrendo agora, conforme dados da Emparn, novas chuvas poderão cair no Estado. Além disso, o aquecimento das águas desse oceano são responsáveis, também, pela manutenção da zona de convergência intertropical em cima do RN. Segundo Gilmar Bristot, os modelos de precipitações pluviométricas analisados indicam chuvas para o Rio Grande do Norte. Não é possível prever, porém, se serão suficientes para abastecer os reservatórios e causar a sangria de barragens.
Adriano AbreuGilmar Bristot explica que está começando uma estação chuvosaGilmar Bristot explica que está começando uma estação chuvosa

Na quinta, 21, e na sexta-feira, 22, acontece a IV Reunião de Análise Climática para a Região Nordeste do Brasil, na sede da Emparn, na base física do Jiqui, em Nova Parnamirim, onde os meteorologistas do Nordeste farão uma análise das condições oceânicas-atmosféricas e a previsão de chuvas para o trimestre março, abril e maio de 2013. 

Mesmo sem  esta confirmação, o volume de chuvas que caiu sobre a região Oeste trouxe esperança para o sertanejo. Na cidade de Luís Gomes, distante 452 quilômetros de Natal, não chovia há mais de um ano e o abastecimento da cidade era feito através de carros-pipa. Somente no final de semana passado, o índice de precipitação registrado superou os 150 milímetros. Motivo de festa para quem não via água cair do céu havia tanto tempo. "Muitos moradores encheram reservatórios em suas casas e alguns barreiros tomaram água", disse Francisco Morais, morador da serra de Luís Gomes. 

 Foi justamente pelas cidades do Alto Oeste potiguar que a Emater iniciou a distribuição das sementes aos agricultores. "Foram investidos R$ 3,8 milhões na compra das sementes. Cada agricultor irá receber 11 quilos, num kit pronto", confirmou o secretário adjunto da Sape, José Simplício. O milho e o feijão já começaram a ser distribuídos. A expectativa é de que o sorgo comece a ser entregue a partir da próxima segunda-feira, nos 1.200 bancos espalhados pelo RN. 

Semarh desconhece estragos da seca no litoral oriental 

Por não ter decretado estado de calamidade pública em decorrência da seca, a exemplo do que fez em 142 municípios do semiárido potiguar, o Governo do Estado desconhece a situação das cidades que compõem o litoral oriental potiguar e que enfrentam, atualmente, problemas decorrência da estiagem. O titular da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Gilberto Jales, confirmou que não sabia qual era a real situação das comunidades do Vale do Punaú e Capela, expostas em reportagem especial da TRIBUNA DO NORTE neste domingo, 17.

 "No litoral, o governo não dispõe de dados sobre a seca e perdas na região. Alguns mananciais baixaram o nível, mas nada calamitoso", limitou-se a comentar o secretário. Ainda sobre a situação do litoral oriental, o secretário argumentou que as defesas civis dos municípios de Rio do Fogo e Ceará-Mirim, responsáveis pelos distritos de Punaú e Capela, respectivamente, não procuraram o Governo do Estado para oficializar pedido de ajuda. Sobre a dinâmica da seca no restante do Estado, Gilberto Jales assegurou que o Estado adotou medidas para reduzir o impacto da falta d'água, como o uso de carros-pipa para abastecer 131 municípios.

 Além disso, o secretário disse que mesmo que o inverno se torne realidade no Estado,  as obras estruturantes não serão interrompidas. Ele citou que o primeiro trecho da Adutora do Alto Oeste será inaugurado em breve, possivelmente com a presença da presidenta Dilma Rousseff. O trecho irá levar água de Pau dos Ferros para Luís Gomes, talvez a cidade que mais sofreu com a seca em 2012. Estão previstas, ainda, a construção das adutoras Pendências - Guamaré, Mossoró - Dix Sept Rosado, Apodi - Campo Grande e das  barragens de Marizeira, Poço de Varas, Angicos e Bujari.

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