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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Delegado acredita que 'descontrole' fez paulista estrangular atleta em Natal

O delegado Frank Albuquerque, que preside o inquérito sobre o caso da fisioculturista paulista Fabiana Caggiano Paes, morta em Natal no dia 2 deste mês, está convencido de que ela foi assassinada. As provas, de acordo com ele, estão nos testemunhos e, principalmente, nos laudos periciais realizados pelo Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep) – que apontam morte por asfixia mecânica. Contudo, Frank não acredita que o crime tenha sido premeditado pelo empresário Alexandre Furtado Paes, viúvo da atleta. Para o delegado, a atleta foi estrangulada num momento de descontrole do marido.
“Inicialmente, ele pode até não ter tido a intenção de matá-la. Mas, algum fato aconteceu e, num possível momento de descontrole, ele a matou”, afirmou Frank Albuquerque. Por isso, segundo o delegado, o empresário será indiciado ainda nesta quinta-feira (24) e responderá por homicídio doloso (quando há intenção de matar).

O delegado afirmou que o inquérito será concluído e remetido à Justiça até o final da próxima semana. Com a remessa, um magistrado receberá o documento e dará vistas ao Ministério Público. Então, caberá à promotoria do caso analisar e decidir se oferece ou não a denúncia. Em caso positivo, o empresário será processado. Até lá, ainda de acordo com o delegado, o futuro de Alexandre é incerto. Na fase inicial das investigações, Frank já acreditava na culpa do suspeito. Chegou, inclusive, a declarar que ele deveria responder pelo crime em liberdade. No entanto, hoje ele já admite que pode pedir a prisão do empresário. “Ainda estou analisando a necessidade de pedir a prisão dele. Isso é segredo e não posso dizer”, confirmou.
“Ela teve 20 paradas cardíacas. Os médicos do Samu tentaram reanimá-la e não conseguiram. Como isso pode ter ligação com um sufocamento? Esse laudo está errado. Eu vou pedir outro em São Paulo. Irei acompanhar isso com o suporte de um advogado. Estou muito abalado. Gostaria de falar mais sobre isso, mas o meu coração pede que não. Queremos esquecer que isso tudo aconteceu”. As palavras foram ditas por Alexandre, com exclusividade, logo após a divulgação do laudo preliminar. O G1 tentou novo contato com o empresário, mas ele não atendeu ou retornou as ligações.
Conclusão
A Polícia Civil do Rio Grande do Norte encerrou a investigação sobre a morte da fisioculturista Fabiana Caggiano Paes, de 36 anos, na tarde desta quarta-feira (23). O delegado responsável pelo caso, Frank Albuquerque, apresentou o laudo pericial à imprensa e confirmou que o viúvo, o empresário Alexandre Furtado Paes, será indiciado por homicídio doloso.

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