População critica aumento de 63% no salário de vereadores, em Goiás

Um projeto de lei aprovado na última terça-feira (6) pela Câmara de Aparecida de Goiânia, cidade da Região Metropolitana da capital, aumentou em 63% os salários dos vereadores, dos secretários, prefeito e vice-prefeito do município. O reajuste salarial causou indignação dos moradores.
O projeto é de 13 de agosto, época da campanha eleitoral. No entanto, só foi aprovado um mês depois das eleições. A partir de 2013, o salário dos vereadores passa de R$ 7.400 para R$ 12.600; o prefeito da cidade deverá receber R$ 19.800; o vice, R$ 13.280; e os secretários municipais, R$ 10.540.
Para a funcionária pública Fabiana de Oliveira o aumento é injusto. "Eles não merecem isso tudo. A população não recebe aumento, não tem benefício nenhum. A violência está solta, morrendo gente para todo lado, e os hospitais estão fechados", reclamou.

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A opinião é compartilhada pela professora Linda Meire Pires: "É uma vergonha, para um município que falta tanto, um salário abusivo desse".
O presidente da Câmara, João Borges (PSB), defente a proposta. "Nós não estamos fazendo nada contra a lei. Eu sou contra transgredir a lei, e nós não estamos transgredindo", argumentou. Ele destacou ainda que a lei assegura ao vereador receber 60% do que ganha um deputado estadual. É o chamado efeito cascata.
Dos 18 vereadores presente na sessão, 16 votaram a favor do projeto e um se absteve. O deputado Max Menezes (PSD) foi o único a votar contra. Dos parlamentares favoráveis, 10 se reelegeram e vão se beneficiar do aumento na próxima legislatura.
A lei vai segue agora para ser sancionado pelo prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela (PMDB). Ele disse que vai se manifestar sobre a polêmica apenas depois de receber o projeto, o que pode ocorrer até sexta-feira (9).