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domingo, 15 de julho de 2012

Gravações revelam conversas de prostitutas presas por golpe a turistas


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Gravações divulgadas neste sábado (14) pela Delegacia de Apoio ao Turismo (Deat), que prendeu 16 pessoas suspeitas de aplicar o golpe “boa noite, Cinderela” em turistas em Copacabana, mostram conversas das mulheres e revelam que elas não agiam sozinhas, como mostrou reportagem do RVTJ (assista no vídeo).
Nos diálogos, uma delas se orgulha de ter conseguido duas senhas de cartão de créditos de um turista. Em outra conversa, uma suspeita pede que a amiga vá até a porta do quarto para pegar o cartão e efetuar o roubo, feito com máquinas próprias para o débito.
Durante dois dias, foram presas 12 mulheres, que seriam garotas de programa, e quatro homens, supostamente seus companheiros e maridos. Os presos foram apresentados na delegacia neste sábado.
Segundo a polícia, as mulheres responderão por formação de quadrilha, furto, roubo qualificado e estelionato. Os homens responderão por cafetinagem de suas próprias mulheres e namoradas.
Para desbaratar a quadrilha, policiais trabalharam infiltrados em boates de Copacabana. Segundo a investigação, as supostas garotas de programa abordavam homens em bares da orla de Copacabana e os levavam para motéis onde eram dopados. As mulheres então pegavam os cartões de crédito e débito das vítimas e passavam em máquinas que elas próprias possuíam, debitando até o limite permitido pelo banco, de acordo com cada cartão.
Depois, segundo os policiais, elas colocavam os cartões de volta na carteira da vítima, que só viria a descobrir o golpe na fatura do cartão. Policiais disseram que um turista chegou a perdeu R$ 80 mil numa noite.
Segundo o delegado Alexandre Braga, quando ainda estavam em bares ou restaurantes, as mulheres prestavam atenção na senha que a vítima digitava para pagar a conta. Quando o cliente estava dopado, elas usavam a senha para tirar o dinheiro de sua conta. O delegado explicou que as máquinas de pagamento em cartões que as mulheres tinham estavam em seus próprios nomes, como se fossem profissionais autônomas, e em nome de empresas, que a polícia investiga se são dos envolvidos ou de terceiros.
“As mulheres solicitavam às operadoras de cartões a antecipação do pagamento, pagando uma taxa de 3,5%”, explicou o delegado.

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