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quarta-feira, 7 de março de 2012

JEGUE IMPORTAÇÃO! JUMENTO NORDESTINO VAI VIRAR COMIDA NA MESA DOS CHINESES
















Em meio a tantos produtos brasileiros exportados para a China, surgiu, 
recentemente, um novo objeto do desejo: o popular jegue nordestino. 
Há cerca de um mês, um acordo entre os dois países liberou o intercâmbio 
de asnos — também conhecidos como burros e jumentos, largamente 
utilizados na indústria de alimentos e na de cosméticos no país asiático.
Os chineses pretendem importar 300 mil jumentos por ano do Nordeste. 
Além de movimentar a economia local, a iniciativa vai resolver o problema 
de excesso de oferta de jegues na região. Com as facilidades de financiamento, 
houve grande crescimento do uso de motos para transporte e os jegues estão 
perdendo espaço.
Em junho do ano passado, um grupo de empresários chineses conversou, 
da Bahia ao Rio Grande do Norte, com fazendeiros e políticos. Aos políticos 
locais, o grupo propôs um programa de garantia de compra a preços de mercado, 
envolvendo até linhas de crédito, por meio de um sistema batizado de Projegue. 
Mas o projeto ainda não deslanchou.

A China abate 1,5 milhão de burros ao ano, criados no país, na Índia e na 
Zâmbia. O processo envolve tecnologia de ponta, com melhoria genética, 
cuidados na produção de alimentos específicos e assistência técnica.

"O asno hoje só serve para causar acidentes na estrada", diz o 
secretário-adjunto de Agricultura do Rio Grande do Norte, José Simplício Holanda.

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