O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse nesta quinta-feira (16) que não pode "ficar esperando os recursos virem do céu" em relação aos investimentos que o governo faz em Saúde.
"Temos que fazer mais com o que nós temos. Fazer com que os recursos sejam melhor aplicados, culminando com isso o combate ao desperdício de recursos na saúde", disse, em menção ao bloqueio orçamentário anunciado na última quarta-feira pelo governo após o programa "Bom Dia, Ministro", da Empresa Brasil de Comunicação, em Brasília.
Segundo os dados divulgados nesta quarta, o ministério que mais sofreu com o bloqueio de recursos no orçamento deste ano foi o da Saúde, cujo corte totalizou R$ 5,47 bilhões em relação aos valores aprovados pelo Congresso Nacional. A dotação aprovada pelo Legislativo, para esta área, caiu de até R$ 77,58 bilhões para R$ 72,11 bilhões.
Padilha negou, no entanto, que o corte afetará programas de governo. "O Ministério da Saúde tem este ano o maior orçamento da sua história", disse. "O governo federal garantiu que os recursos da saúde em 2012 estão acima do que era obrigação do governo colocar com a Emenda 29 [que define gastos compulsórios da União, estado e municípios em saúde]."
Ele defendeu que o governo conseguiu economizar, na pasta da Saúde, em 2011, R$ 1,7 bilhão com a centralização da compra de remédios e com combate a fraudes. "E com isso pudemos criar o programa Saúde Não Tem Preço que distribui remédio de graça pra hipertensivo e diabético", disse.
Segundo Padilha, de 2011 pra 2012, o Ministério da Saúde teve o maior aumento nominal na Esplanada. "Chegamos a 17% de aumento pras ações de saúde, e é o maior aumento também no volume de recursos, R$ 13 bilhões, desde quando foi criada a Emenda 29 em 2000", completou.
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