Após publicar uma nota sobre a greve da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), no domingo passado, 21, o Governo do Estado deve entrar com pedido de ilegalidade do movimento junto à Justiça o mais rápido possível.
Embora os representes do governo não apresentem afinação no discurso, a intenção é pressionar os grevistas a voltar ao trabalho por força da justiça. Ontem, a greve da Uern ganhou repercussão nacional através das mídias sociais.
Com relação ao pedido de ilegalidade, a informação não foi confirmada pelo procurador-geral do Estado, Miguel Josino, que, ao ser questionado, por telefone, se havia intenção de entrar com o pedido, afirmou que o governo estava esperando uma contraproposta dos professores.
Ao ser informado de que essa contraproposta já havia sido elaborada e entregue desde a semana passada, ele pediu um prazo de uma hora para responder a questão. Passado o período, a reportagem da GAZETA DO OESTE voltou a entrar em contato, mas o procurador não atendeu ao telefone.
Abordado sobre o mesmo assunto, no entanto, o secretário de Administração e Recursos Humanos do RN, Anselmo de Carvalho, afirmou: “A procuradoria do Estado está tratando disso”. Segundo ele, o pedido de ilegalidade da greve está sendo elaborado e ele espera que até hoje o mesmo seja protocolado.
Governo e docentes não chegaram a um consenso e o movimento paredista completa 84 dias. Com relação à última proposta encaminhada pelos professores, Anselmo de Carvalho afirma:
“Ela é, juridicamente, difícil de ser aceita, porque a Lei de Responsabilidade Fiscal diz que qualquer medida tem que ter seu impacto calculado”. Segundo ele, do jeito que a proposta foi formulada não há como saber quanto o índice vai custar.
De acordo com Anselmo de Carvalho, o governo só negocia agora quando a greve for finalizada. “Voltando, a gente tem todo o tempo para conversar”, menciona, acrescentando que o governo já mostrou a situação do Estado à categoria.
O vice-presidente da Associação dos Docentes da Uern (ADUERN), professor Neto Vale, considera que a proposta encaminhada pela categoria é sensata.
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